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A mostrar mensagens de 2013

Viva a República

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Podem tentar denegri-lo, acusá-lo de caótico, experimentalista, mas foi no dia 5 de Outubro de 1910 que se iniciou em Portugal um processo cívico e democrático único até então. A escolarização, a saúde publica, o associativismo e muitas outras ideias e ideais que se vieram a consolidar no decorrer do século XX, viram naquele dia a luz do dia. Viva a fraternidade, a igualdade e a liberdade. Viva à República.

O trabalho

Até acredito que a taxa de desemprego possa descer em Portugal, com o trabalho a ser desvalorizado de forma constante. Mas será esta a solução mais justa? A quem interessa o desequilíbrio do mercado de trabalho? E por favor não me venham com o embuste do empreendedorismo "à Miguel Gonçalves" ou com as insólitas noticias dos jovens que enriqueceram aos 25 anos. Falo da distribuição equitativa da riqueza e não de expedientes individuais. Agora mais do que nunca é preciso reforçar o capital político do trabalho de forma séria.  Como fazê-lo? Obrigando o poder político a respeitar o trabalho e não usá-lo apenas para as suas estratégias egoístas de poder.

De regresso ao passado

Dizem as estatísticas que a taxa de desemprego está a recuar. No tempo da escravatura, também não existiam escravos desempregados. Quem ganha apenas para comer, dormir, deslocar-se para o trabalho e procriar é em tese um escravo. Não admira que a taxa de desemprego baixe. E quando não pagarem mesmo nada a quem trabalha, a taxa de desemprego será zero!

Gestão de tempo e resistência ao stress

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Recebi hoje o anuncio que uma associação patronal está a organizar um curso de "Gestão de tempo e resistência ao stress". É suposto existir stress durante a nossa atividade profissional ? Afirmam ainda que nos ensinarão "formas de enfrentar o stress de modo a percecioná-lo, não como uma ameaça, mas como uma oportunidade para o desenvolvimento." Somos afinal "cavalos de corrida" e iremos trabalhar até aos sessenta e tal anos numa trincheira de combate ?

Tendência

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Esmagado pelo capital e pela (baixa) política que defende sobretudo privilégios para si e para os seus negócios, o TRABALHO VAI PERDENDO VALOR, dia após dia e, com ele, a classe média que vive do seu exercício. Até quando? Havia um lugar na terra em que a seguir aos militares marchavam os trabalhadores. Podia ser propaganda. Mas em política, o que parece é.

32ª aniversário do Teatro Passagem de Nível - Amadora

O Teatro Passagem de Nível fez 32 anos. O meu amigo e colega da mesa da Assembleia Geral do TPN, Domingos Galamba,  pediu-me para fazer um dos discursos. Nunca tinha escrito nenhum. Aqui fica para memória futura: Exmos. Senhores (...) Assim como o teatro se representa tradicionalmente por duas caras, uma triste, a do drama, e a outra alegre, a da comédia, também o Passagem de Nível, ao longo destes 32 anos, tem os seus sentimentos conflituantes. Tem a saudade bonita de ter trazido a colaborar nos seus projetos um conjunto de personalidades que bastante nos honram, e passo a citar alguns deles, uns felizmente vivos e outros que fisicamente já não estão entre nós. Chamam-se ou chamaram-se Joaquim Benite (Encenador), Mário Viegas(Ator), Jaime Salazar Sampaio(Dramaturgo), Jorge Colombo (Cenógrafo), Fernando  Filipe (Cenógrafo), Carlos Correia (escritor) - só para referir ou lembrar algumas figuras que connosco trabalharam ou colaboraram, porque existem existem muitos mais que...

As Ilhas Selvagens são património português

A descoberta oficial das Ilhas Selvagens é atribuída ao descobridor português Diogo Gomes em meados do século XV. No entanto, existem relatos que demonstram serem anteriormente conhecidas no Mundo. Desde o século XVI, como território de privados, as Ilhas Selvagens foram mudando de posse por herança até que, em 1971, passam a estar sob a administração territorial da Região Autónoma da Madeira.

Os novos corpos sociais do Teatro Passagem de Nível tomaram posse

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Tomaram ontem (24 de Março de 2013) posse os novos corpos sociais do TPN. Um evento familiar e sincero ao jeito do TPN. Pela primeira vez, a associação terá uma mulher, como presidente da direção, Fernanda Santos. Convidaram-me para secretário e aceitei. No discurso da tomada de posse, a presidente eleita leu um pequeno poema meu. Fiquei bastante lisonjeado. Desejo que seja um quadriénio cheio de muitos e bons projetos. "Muita merda" para nós!

Conhecer para quê ?

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O exercício do estudo e o  desenvolvimento conhecimento atual é vista de uma forma  utilitarista   ou  mercantilista.  Explico: Se alguém se propõe a estudar ou a desenvolver o conhecimento existente (investigação) de forma a garantir o bem estar coletivo num futuro próximo ou de prazos mais prolongados (visão utilitarista), parece-me razoável.  Já não estou tão de acordo com a visão mercantilista do estudo, porque me parece esvaziada do seu vetor ético e social.  A primeira intenção do  estudo deve ser o garante do repositório cultural herdado. Parece-me que é essa a primeira função dos estudos superiores: Garantir  a perpetuação do já existe e, caso possível, acrescentar-lhe algo.  Se a prática desse estudo se enquadra, ou não, no espaço de mercado momentâneo, parece-me no mínimo discutível devido à superficialidade do atual sistema capitalista. 

Carta Aberta ao cronista do Expresso, Henrique Raposo, a propósito da sua crónica "Quinto Império entre maquises"

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Boa tarde, Henrique Raposo Li a sua crónica do Expresso e gostei. Declaro de antemão que vivo numa casa com marquise defronte do Quinto Império da Reboleira. Por esta razão, sou testemunha que a existir Quinto Império , e eu acho que ele existe, ele vive por estes meandros de subúrbio, onde Portugal se mistura com as pessoas de um mundo cujas origens remontam às paragens que outrora ligámos nesse processo conhecido como "Os Descobrimentos".  Acredito numa tese lusitana para juntar as pessoas através da fraternidade e construir um imenso império da humanidade. Creio mesmo que o catolicismo, atacado por dentro e por fora, será uma via favorável para esse efeito. Não percebo porquê o medo de palavras como "velho" ou "pobre" ou "caridade". Não temos afinal de nos aceitar para aceitarmos o Outro ? Quando eu for velho quero que me chamem velho, quando eu for pobre quero que me chamem pobre e quero dar e receber, apenas porque gosto de mim assim. ...

Eleições da Mútua dos Pescadores em 2013 - Partidas e chegadas

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Iniciei a minha colaboração com a Mútua em 1990. Desde esse momento, percebi como era grande a afinidade da Mútua às gentes do mar. Esta ligação é sobretudo, no meu humilde entender, resultado da proximidade dos seus dirigentes às diversas comunidades piscatórias e marítimas - tão diversas e características, como o nosso pais. Esta é a força dos dirigentes da única cooperativa de utentes de seguros portuguesa: Conseguir tornar una e relevante, a diversidade cultural e social da economia do mar em Portugal. Esta proximidade de alguns dirigentes, temos, eu e os meus colegas do Departamento de Informática e Comunicações, também sentido relativamente ao nosso trabalho diário na Mútua. Temos uma relação muito aberta e afável, que obviamente implica, como toda as relações livres, uma grande dose de responsabilidade de ambas as partes. Para os dirigentes - com quem trabalhei com mais frequência e que deixam de exercer os seus cargos nesta instituição, em 2013 - fica-me a saudade...