segunda-feira, 25 de março de 2013

Os novos corpos sociais do Teatro Passagem de Nível tomaram posse

Tomaram ontem (24 de Março de 2013) posse os novos corpos sociais do TPN. Um evento familiar e sincero ao jeito do TPN. Pela primeira vez, a associação terá uma mulher, como presidente da direção, Fernanda Santos. Convidaram-me para secretário e aceitei. No discurso da tomada de posse, a presidente eleita leu um pequeno poema meu. Fiquei bastante lisonjeado. Desejo que seja um quadriénio cheio de muitos e bons projetos. "Muita merda" para nós!


quarta-feira, 20 de março de 2013

Conhecer para quê ?




O exercício do estudo e o  desenvolvimento conhecimento atual é vista de uma forma utilitarista  ou  mercantilista. 

Explico: Se alguém se propõe a estudar ou a desenvolver o conhecimento existente (investigação) de forma a garantir o bem estar coletivo num futuro próximo ou de prazos mais prolongados (visão utilitarista), parece-me razoável.

 Já não estou tão de acordo com a visão mercantilista do estudo, porque me parece esvaziada do seu vetor ético e social.

 A primeira intenção do  estudo deve ser o garante do repositório cultural herdado. Parece-me que é essa a primeira função dos estudos superiores: Garantir  a perpetuação do já existe e, caso possível, acrescentar-lhe algo. 

Se a prática desse estudo se enquadra, ou não, no espaço de mercado momentâneo, parece-me no mínimo discutível devido à superficialidade do atual sistema capitalista. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Carta Aberta ao cronista do Expresso, Henrique Raposo, a propósito da sua crónica "Quinto Império entre maquises"

Boa tarde, Henrique Raposo


Li a sua crónica do Expresso e gostei. Declaro de antemão que vivo numa casa com marquise defronte do Quinto Império da Reboleira. Por esta razão, sou testemunha que a existir Quinto Império , e eu acho que ele existe, ele vive por estes meandros de subúrbio, onde Portugal se mistura com as pessoas de um mundo cujas origens remontam às paragens que outrora ligámos nesse processo conhecido como "Os Descobrimentos". 

Acredito numa tese lusitana para juntar as pessoas através da fraternidade e construir um imenso império da humanidade. Creio mesmo que o catolicismo, atacado por dentro e por fora, será uma via favorável para esse efeito. Não percebo porquê o medo de palavras como "velho" ou "pobre" ou "caridade". Não temos afinal de nos aceitar para aceitarmos o Outro ? Quando eu for velho quero que me chamem velho, quando eu for pobre quero que me chamem pobre e quero dar e receber, apenas porque gosto de mim assim.


O Quinto Império é o império do outro, do diferente. Não tenho a utopia do multicultarismo urbano, porque isso não seria honesto. Quero apenas dizer que, na medida do possivel, as pessoas devem poder viver na Amadora como vivem numa África Europeia. Sou favorável ao gueto cultural (possível), não ao gueto marginal. Não devemos impor, mas sim convencer, dar espaço, respeitar e provavelmente chegaremos a um consenso. Essa será a nossa força: A diplomacia do amor - esses coloridos afluentes que tantas vezes desaguam no grande rio da miscigenização.


Se quer apreciar, como eu aprecio, até chegar quase a uma ligeira comoção, desloque-se domingo ou sábado à noite ao Dolce Vita Tejo. A paisagem urbana daquele espaço é um salmo ao " Quinto Império das marquises". Ainda que aquele templo seja dedicado ao deus menor do consumo, prova-nos que havendo um deus e gente comungando uma crença fundamental, o quinto império pode ser mais do que uma utopia quinhentista.



Cumprimentos deste seu leitor. Leio-o sempre. Nem sempre concordo. Julgo que estas diferenças, devem-se a sermos de famílas políticas diferentes - com todas as diferenças que habitualmente as nossas opções políticas acarretam se forem tomadas em consciência com o nosso passado e com as nossas expetativas para o futuro. Mas esta crónica do "Quinto Império entre marquizes" foi na moche, caro Henrique, foi na moche.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Eleições da Mútua dos Pescadores em 2013 - Partidas e chegadas




Iniciei a minha colaboração com a Mútua em 1990. Desde esse momento, percebi como era grande a afinidade da Mútua às gentes do mar. Esta ligação é sobretudo, no meu humilde entender, resultado da proximidade dos seus dirigentes às diversas comunidades piscatórias e marítimas - tão diversas e características, como o nosso pais. Esta é a força dos dirigentes da única cooperativa de utentes de seguros portuguesa: Conseguir tornar una e relevante, a diversidade cultural e social da economia do mar em Portugal.

Esta proximidade de alguns dirigentes, temos, eu e os meus colegas do Departamento de Informática e Comunicações, também sentido relativamente ao nosso trabalho diário na Mútua. Temos uma relação muito aberta e afável, que obviamente implica, como toda as relações livres, uma grande dose de responsabilidade de ambas as partes.

Para os dirigentes - com quem trabalhei com mais frequência e que deixam de exercer os seus cargos nesta instituição, em 2013 - fica-me a saudade e, sinceramente, um laço de amizade. Para os que chegarem no seguimento das próximas eleições, tenho uma expectativa muito positiva e a certeza, que saberão dar continuidade ao trabalho dos anteriores. Para além da responsabilidade de assegurar a direção desta nau que navega há 70 anos, eles serão, certamente, parte da semente da renovação, tão necessária na história dos Homens.